22 horas.
Estava a regressar a casa para jantar.
E lá estava ele, ao pé do Multibanco, o Z. L.. A minha primeira grande paixão que me torturou desde o 5.º até ao 11.º ano. Continua um rapaz bem constituido, como sempre foi. Mas hoje em dia vejo-o como um ser demasiado superficial. E talvez um pouco idiota. Quando recebeu o papel do Multibanco, soltou um "Yuppie" exagerado que se ouviu do outro lado da praça.
Ao abrir a porta de casa pensei, "Foi por isto que perdi tanto do meu tempo?"
Alguém me disse um dia, num tom de raiva contida "És a rainha das relações falhadas!"
Eu respondo, como posso ser rainha desse tipo em particular de relações se nunca tive numa?
É um facto, numa tive numa relação... séria por assim dizer.
É que não chegam sequer a começar. Este Z. L., deus físico e intelectual da minha turma e talvez da escola, nem sequer conseguia reconhecer-me como colega de turma, quanto mais como objecto de desejo. Mas foi assim que passei todos aqueles anos pois, para mim, bastava admirá-lo à distância.
E o outro? Bem, o outro...
Infelizmente, o meu maior defeito deve ser apaixonar-me pelas pessoas erradas, o que revela um certo gosto pelo sofrimento. Sim, deve ser isso.
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