Sunday, May 30, 2010

Das amizades...

Há quanto tempo que eu andava para responder a este post tão profundo de um blog que eu gosto imenso de seguir...

http://sitio-acolhedor.blogspot.com/2010/05/das-amizades.html

Sabes A.? Não tenho tido tempo para nada mas a verdade é que quando visito o teu blog, consigo sempre animar-me com as tuas palavras... Mesmo que estejas a desabafar acerca de um dia mau... Sinto, naquele momento, que não estou só.

Ora bem... O fundamento deste post...

O que é a amizade afinal?

Há 10 anos atrás, não sabia muito bem o que era e estou desconfiada que hoje em dia ainda não sei...

Desde sempre que me lembro de desejar ter imensos amigos. Depois fui compreendendo que nem sempre podemos considerar amigos todos aqueles que nos rodeiam...

Quando entrei para o 5.º ano acreditava que tinha muito amigos. Até que um dia fui vítima de bullying por grande parte da minha turma... E deixe-me ser essa vítima durante 5 anos. E quando queria lutar e impor-me, acabei por ver que só poderia ser a Mila, em casa, refugiada entre 4 paredes. Hoje acredito que podia ter sido pior. Podia ter sido violada, podia ter sido espancada mais vezes... Podia...

Desses tempo restaram três colegas, quase amigas, que se afastavam estrategicamente de mim quando estava na hora de ser espancada e humilhada. Amigas, pois...

E, apesar de lutar contra isto, fechei-me ao mundo. Passei a desconfiar de tudo e todos. Aprendi, da pior forma, que não podia confiar os meus segredos a ninguém.

E passei muitos anos a acreditar que a culpa era minha, que não era suficiente boa, bonita ou interessante para estar com aquelas pessoas... E, no fundo, para estar com ninguém.

No 9.º ano houve uma mudança. Dentro da mesma escola, conheci pessoas maravilhosas que, ainda hoje, são muito importantes na minha vida. Comecei a libertar-me nessa altura.

Depois entrei na Universidade. Vi-me no meio de um grupo de pessoas diferentes mas que me aceitaram tal como eu era, mesmo sem me conhecerem. Soube aí que tinha amigos. E acreditei que aquelas pessoas seriam minha amigas para sempre.

E ajudei, partilhei, chorei, amei, acarinhei, aconselhei, protegi aqueles amigos, o melhor que pude. Independentemente do que tive em troca.

Foram tempos maravilhosos. Senti-me bem. Senti-me acarinhada por mais alguém, sem ser a minha família.

E, entretanto, chegou o momento de dizer adeus de uma convivência diária. Tive receio mas acreditei que pouco ia mudar.

Mas mudou.

Não existe tanto contacto com algumas pessoas mas, a verdade é que quando nos encontramos, a amizade continua lá. Mas, para este grupo de pessoas, nunca me passou pela cabeça que fosse diferente.

Outras pessoas mantiveram-se comigo, com a mesma força e amizade que demonstraram ao longo do curso. E eu tento estar lá para estas pessoas... (Obrigada L.E., és o maior.)

No entanto, surgiram surpresas desagradáveis ao longo do caminho. Considerei durante muito tempo o G. e o L., como fazendo parte do grupo restrito (muito restrito) dos meus melhores amigos.

Houve quem entrasse em pânico por lhe parecer uma despedida quase definitiva. E lembro-me de dizer a essa pessoa (o L.) que se acalmasse, que tudo iria correr bem e que nós continuariamos tão amigos como dantes. Dois anos depois, arranja uma discussão imensa no dia em que ia celebrar com os meus amigos o meu aniversário e desaparece da minha vida. Isto foi há quase um ano. Custou-me muito no início, confesso, até que porque confiava nele. Mas finalmente compreendi que eu já não era adequada para o seu novo estilo de vida.

O G., bem... A história foi mais complicada. Basta dizer que sacrifiquei muito por uma amizade em que acreditei mas que, na verdade, nunca existiu. Ao que parece, também já não sou adequada para sua vida.

Não é possível manter todas as pessoas na nossa vida. Muitas vezes temos de as deixar partir de forma seguirem com as suas vidas. Mas desejo sempre que se despeçam, não que desapareçam sem deixar rasto.

Tenho saudades de todas estas pessoas. Sei que tenho descurado as pessoas que ainda me são próximas. Sei que tenho de voltar à luz do dia. Mas este último ano da minha vida tem sido demasiado complicado. Voltei a sentir-me totalmente só, no meio da multidão e isso é o que é mais desconcertante para mim.

Vou ter sempre problemas de confiança e de auto-estima. Vou sempre menosprezar-me e considerar-me inferior. Vou sempre olhar criticamente para tudo aquilo que faço. Sou assim. Mas vou confiando nos meus poucos amigos para me ajudarem.

Porque, uma coisa é certa, também lá vou estar para fazer tudo por tudo para que sejam felizes. Isso, para mim, é a grande lição que aprendi acerca da amizade: Custe o que custar, deves ajudar o teu amigo a alcançar a sua felicidade.

P.S. - Talvez, daqui a 10 anos, não esteja tão amargurada com vida e consiga ter uma perspectiva mais positiva.

Friday, May 21, 2010

Friday, May 14, 2010

Nunca mais.

Thursday, May 13, 2010

To go away is to die a little,
It is to die to that which one loves:
Everywhere and always,
One leaves behind a part of oneself.
Edmond Haraucourt

Wednesday, May 05, 2010

É que...

já não era humilhada assim há muito tempo...

E não gostei nem um pouco. Aceito o sermão quando a culpa é minha. Mas hoje...

Podes fazer 9.999 coisas muito bem mas se fazes uma mal... Lá se vai tudo o resto.

Ainda é quarta-feira, já estou cansada como tudo, não tenho tempo de preparar aulas, vou ser avaliada em breve, ando a desperdiçar horas úteis de aulas fantasma porque os meninos então em actividades, tenho módulos para terminar, faltas para retirar, testes para fazer, fico horas a mais para ajudar, sou a primeira a chegar e a última a sair, entrego tudo a horas e trato todos com imenso respeito...

e depois sou tratada como uma miúda de 10 anos?!

F*****!
Que venha o amanhã porque de hoje não quero bis de maneira nenhuma...

P.S. - Tenho de agradecer às minhas meninas de A. I.... Dedicaram-me uma música e quase puseram aqui a orientadora educativa a chorar... Que vergonha meninas!